Bié: Agressor de enfermeira condenado a cinco anos de prisão

O Tribunal Provincial do Bié condenou, hoje (segunda-feira), o cidadão Diniz Silva, de 36 anos de idade, a cinco anos de prisão maior, por ter cometido crime de ofensas corporais contra a enfermeira Laurinda Odeth, no exercício das suas funções no Hospital Geral do Bié, em Dezembro de 2017.


A sentença proferida pelo juíz de Direito do Tribunal Provincial do Bié, Bento Domingos Camenhe, realça o conjunto de provas produzidas durante a preparação do processo, admitindo que tudo ficou provado nos autos.
Segundo alegações do Ministério Público, houve premeditação para consumação do acto e milita ao seu favor a situação de réu primário.
A enfermeira Odeth Laurinda suicidou-se, no passado dia 8 de Maio, enquanto aguardava pela sentença do réu Diniz Silva, que agrediu-a na sequência da morte de uma filha no Hospital Geral do Bié, supostamente por negligência na assistência medicamentosa.
Antes de infortúnio, segundo o irmão da vítima, Carlos Jonatão, de 41 anos de idade, Odeth Laurinda queixava-se de dores fortes no tórax, devido a lesão que sofreu na terceira vértebra resultante do espancamento e viveu ultimamente deprimida.
O advogado de defesa, Enoque Chivangue, manifestou inconformismo com a sentença, alegando que "o processo apresentou vícios", pelo que deve interpôr recurso para o Tribunal Supremo, com efeito suspensivo.
Por sua vez, o presidente da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA) no Bié, Eduardo Cayangula, presente na sessão, apelou aos cidadãos a denunciarem às autoridades competentes, sempre que verem seus direitos violados pelos profissionais de saúde dentro dos hospitais, condenando, porém, a prática da justiça por mãos próprias.
Contudo, o responsável aconselhou aos técnicos de saúde a nível da província a pautarem pela ética e deontologia profissional, de modo a melhorar as relações com os utentes dos hospitais.

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