Ministro do Interior promete expulsões a oficiais com comportamentos anormais

O Ministério do Interior vai continuar a ser implacável com os agentes e oficiais da Polícia Nacional com comportamentos que põem em causa o nome da instituição, avisou ontem, em Luanda, o ministro Ângelo da Veiga Tavares.


O ministro, que discursava na cerimónia de tomada de posse de responsáveis dos serviços de Investigação Criminal (SIC), de Migração e Estrangeiros (SME) e Penitenciário, admitiu que muitos efectivos da Polícia Nacional têm tido comportamentos que mancham o nome da instituição, razão pela qual, avisou, todos os agentes indisciplinados vão ser afastados da corporação. 

“Todos os agentes nocivos devem ser depurados do nosso seio, pois temos estado a registar muitos comportamentos indignos, para os quais temos de ter a humildade de pedir desculpas públicas e assumir o compromisso de sermos mais vigorosos contra esses nossos companheiros que não têm estado a cumprir o juramento que fizeram”, vincou Ângelo Tavares.


Tendo em conta os casos que se registam ultimamente, o ministro defendeu que se trabalhe com mais rigor na idoneidade moral dos efectivos do Ministério do Interior, que, disse, devem assumir o papel de verdadeiros servidores do Estado. Ângelo Tavares quer que o SIC tenha quadros capazes e com uma idoneidade moral mais vigorosa.


Aos especialistas de combate à corrupção, crimes financeiros e fiscais e combate à droga e aos crimes de saúde pública, o ministro pediu que estejam técnica e moralmente preparados para resistirem às tentativas de corrupção e suborno.


Ângelo Tavares entende que o SIC deve estreitar a cooperação com a Polícia Nacional e os órgãos de inteligência, no sentido de trabalhar melhor “e não viver apenas das denúncias, mas proceder a investigações minuciosas, particularmente para os crimes mais graves, e procurar investigar, para depois deter e não deter para investigar”.


No quadro das movimentações efectuadas ao nível do SIC, Amaro Neto, antigo director provincial em Luanda, vai exercer agora as funções de director nacional de Operações do Serviço de Investigação Criminal.


Em relação ao SME, o ministro do Interior disse que o órgão deve trabalhar com maior rigor no combate à imigração ilegal, ser mais comunicativo com os utentes e cumprir os prazos previstos no tratamento dos distintos actos administrativos.
Para o Serviço Penitenciário, Ângelo Tavares espera uma maior dedicação na humanização dos serviços ao recluso.

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